quarta-feira, 8 de maio de 2024

DICAS SOBRE ENXAQUECA

1- Analgésicos resolvem o problema?

Esse é um dos erros mais comuns, e perigosos, em relação à enxaqueca. Frequentemente, os pacientes se automedicam com esses medicamentos, tomando doses progressivamente mais altas.

O problema é que o abuso de analgésicos contribui para cronificar as dores. Além disso, nem sempre eles dão conta de acabar com uma crise de enxaqueca. Existem medicamentos específicos para o problema e que são mais eficazes.

Recomenda-se o uso de, no máximo, dois comprimidos por semana (oito por mês) de qualquer remédio para cortar a dor de cabeça. Mas, com três meses seguidos de uso já são suficientes para cronificar as dores.

2- Enxaqueca é sinônimo de dor de cabeça?

A Sociedade Internacional de Cefaleia reconhece mais de 200 modalidades de dor de cabeça (também conhecida como cefaleia). A enxaqueca, ou migrânea, é uma delas. Nesse caso, a dor costuma ser pulsátil e, em 60% das pessoas, localizar-se em só um dos lados do crânio. Muitas vezes, vem acompanhada por náuseas, vômitos e sensibilidade a luz, ruídos e cheiros fortes.

Em geral, a crise dura de quatro a 72 horas, quando não tratada. Há ainda crises de enxaqueca sem dor de cabeça, quando o paciente tem apenas a aura (veja no próximo item).

3- Quem tem enxaqueca enxerga pontos brilhantes e luzes?

Apenas um em cada cinco pacientes com enxaqueca apresenta a aura, fenômeno neurológico que faz com que a pessoa enxergue manchas e luzes, fique com os dedos ou os lábios dormentes ou com alterações na fala e nos movimentos, entre outros sintomas. Ela aparece minutos ou poucas horas antes das crises e costuma durar menos de uma hora.

Mesmo sem apresentar aura, algumas pessoas conseguem perceber que terão crise com uma antecedência de até 24 horas. Bocejos constantes, dificuldade de raciocínio e grande necessidade de comer doces são alguns sinais.

4- É preciso fazer exames para diagnosticar?

Solicitados frequentemente a pacientes com suspeita de enxaqueca, exames como tomografia, raio-X e ressonância magnética não detectam o problema.

Eles apenas servem para afastar a possibilidade de outras doenças, como tumores. Na maior parte das vezes, não são necessários. O diagnóstico da enxaqueca é clínico, feito no consultório a partir do histórico do paciente e de testes neurológicos.

Apenas exames mais sofisticados, como o pet scan, permitem observar os lugares no cérebro que são ativados na hora da crise de dor, mas são usados somente em pesquisas científicas.

5- É uma doença inofensiva?

Apesar de ser considerada uma doença benigna, que raramente gera complicações sérias, a enxaqueca compromete muito a vida do paciente.

Além de ficarem menos produtivos e de faltarem ao trabalho e a eventos sociais na hora das crises, muitos sofredores de enxaqueca acabam perdendo oportunidades sociais e profissionais por receio de que a dor apareça.

As complicações graves da enxaqueca são raras, mas podem ocorrer. Mulheres que têm aura muito prolongada correm mais risco de ter o chamado infarto migranoso, principalmente se forem fumantes e usarem pílula anticoncepcional.

6- Quem tem enxaqueca não pode comer chocolate, queijo e vinho?

Só um quarto dos portadores de enxaqueca tem crises relacionadas a alimentos. Estresse e ansiedade são gatilhos bem mais comuns. No caso de haver relação com a dieta, os culpados variam entre os pacientes e podem causar crises apenas em alguns momentos. Frituras, chocolate, queijos amarelos, embutidos, vinho tinto e cerveja são algumas das comidas e bebidas que mais influenciam (veja as restrições alimentares no site: www.cente.net.br)

Assim como o abuso de analgésicos, a cafeína presente em alimentos como café e refrigerantes de cola pode cronificar a enxaqueca.

Jejum prolongado, sol forte, odores pronunciados e mudanças de temperatura e de umidade do ar também são gatilhos comuns. Nas mulheres, é muito freqüente que as dores venham associadas ao período menstrual (antes, durante ou logo depois). Também há crises que não são desencadeadas por nenhum gatilho.

7- Comer muita fruta faz bem?

Nem sempre. Certas frutas, como as cítricas (laranja, limão, abacaxi) e a banana, têm substâncias que desencadeiam crises de enxaqueca em algumas pessoas.

8- Problemas de vista causam enxaqueca?

Quase todo mundo que começa a ter dores de cabeça desconfia de que precisa usar óculos ou trocar a lente porque o grau aumentou. Segundo os especialistas: miopia, hipermetropia e presbiopia não são causas de dor de cabeça. Só astigmatismos muito graves em crianças causam cefaléia, e mesmo assim não é enxaqueca.

9- Sinusite causa enxaqueca?

Essa confusão é muito frequente. Na verdade, as sinusites crônicas não causam dor de cabeça. As agudas sim, mas não têm característica de enxaqueca. Como a própria enxaqueca pode causar congestão nasal, e aí a confusão aumenta. Um estudo americano mostrou que 90% das pessoas que se autodiagnosticavam como tendo dores de cabeça decorrentes de sinusite na verdade tinham enxaqueca.

10- Problemas na ATM causa enxaqueca?

As disfunções na ATM (articulação temporomandibular) podem ser causa de dor, geralmente localizada na região da própria articulação e relacionada ao uso (comer algo duro, falar muito, bocejar). Eventualmente, causa dor de cabeça, mas sem característica de enxaqueca.

11- É uma doença de adulto?

Entre 4% e 8% das crianças têm enxaqueca. A doença é uma grande causa de faltas à escola, e as queixas são confundidas por muitos pais como desculpa para não ir à aula. As dores podem começar por volta dos cinco anos de idade e, em aproximadamente 40% dos casos, acabam espontaneamente na puberdade.

As crises de dor nessa etapa da vida duram menos (de 30 minutos a duas horas) e podem ser aliviadas com tratamento específico. Apesar de, na fase adulta, a enxaqueca afetar três vezes mais as mulheres, na infância ela é ligeiramente mais frequente nos meninos.

12- Tem a ver com o fígado e com o estômago?

Como muita gente tem náusea e vômitos nas crises de enxaqueca, é comum que associem o problema ao estômago e ao fígado. Na verdade, esses incômodos ocorrem como parte do próprio processo químico da dor, que faz com que o estômago se dilate e fique paralisado, causando sensação de indigestão e enjôo.

Mesmo o fato de certos alimentos desencadearem episódios de enxaqueca em algumas pessoas não tem a ver com a digestão. Na verdade, eles possuem certas substâncias (como tiramina e nitritos) que agem diretamente no cérebro de quem sofre de enxaqueca.

13- Atividades físicas ajudam?

Nem sempre, há pacientes que apresentam um tipo de enxaqueca cujas dores são desencadeadas com a prática de atividades físicas. Alem disso, na hora da crise, os exercícios físicos costumam piorar brutalmente a dor.

14- Passa com a menopausa?

Para muitas pacientes, a chegada da menopausa traz alívio. Mas, segundo segundo dados estatísticos, apenas 30% das mulheres apresentam melhora significativa nessa fase. Isso ocorre principalmente com aquelas que têm enxaqueca perto do período menstrual.

15- Há alimentos que ajudam a melhorar a enxaqueca?

Muito se fala em dietas que ajudam a melhorar a enxaqueca, mas, segundo os especialistas consultados, elas não têm fundamento científico. O magnésio (encontrado em alimentos verdes frescos e frutos do mar) e um aminoácido chamado triptofano (presente em verduras frescas e no feijão) até podem ajudar, mas, nas quantidades presentes na comida, têm importância limitada. Quando as dores são desencadeadas por certos alimentos, evitá-los ajuda a diminuir as crises.

16- Tem tratamento?

Novos tratamentos foram aprovados pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2019, são medicamentos específicos para o tratamento preventivo da Enxaqueca. Consiste na classe de medicamentos denominados Anticorpos Monoclonais, que agem inativando os receptores do neuropeptídeo vasoativo inflamatório CGRP (Da sigla do nome inglês: calcitonin-gene related peptide), que é produzido de forma exacerbada nos vasos cerebrais e terminações do nervo trigêmio de pessoas com enxaqueca.

Estas novas terapias atuam na inibição deste peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, conhecido como CGRP, molécula responsável por desencadear as crises de Enxaqueca. E podem ser aplicados por meio de uma injeção mensal com um dispositivo similar a uma agulha de insulina. E já são comercializados no Brasil.

São os primeiros medicamentos criados para prevenir enxaquecas, dando início ao que muitos especialistas acreditam que seja uma nova era no tratamento de pessoas que sofrem da forma mais severa de dor de cabeça.

As novas drogas podem tornar as crises de enxaqueca menos severas e reduzir a sua frequência em 50% ou mais, de acordo com estudos, além de não apresentar efeitos colaterais. Alguns pacientes chegaram inclusive a se livrar por completo da dor de cabeça.

São uma nova classe de medicamentos de ação prolongada para tratar enxaquecas. Os tratamentos atuais e disponíveis são medicamentos originalmente desenvolvidos para tratar epilepsia, depressão e hipertensão, diferente destes que são específicos para Enxaqueca.

Portanto, estes novos medicamentos representam uma nova esperança no tratamento da Enxaqueca. E representa um marco no tratamento desta doença neurológica que afeta um bilhão de pessoas no mundo e 30 milhões no Brasil.

A toxina botulínica também é usada como uma opção para quem não reage a outros tratamentos usuais, mas o custo-benefício ainda é discutido.

17 - Dormir muito ajuda a melhorar?

Em muitas pessoas, a privação de sono desencadeia dores de cabeça. Mas dormir mais do que se está acostumado também é um gatilho para as crises. Um caso relativamente comum é a chamada “enxaqueca de fim de semana”, na qual o paciente só sente dores no sábado e no domingo, quase sempre porque dorme muito mais tempo do que o habitual. O segredo, portanto, é ter um ritmo de sono regulado.

Ainda é difícil fazer as pessoas entenderem o sofrimento e incapacidade
gerados pela Enxaqueca!
Essa incompreensão só aumenta o sofrimento, portanto, ajudem a entenderem mais sobre a Enxaqueca, visitem nosso site, curtam, compartilhem nossos posts na rede social: www.facebook.com/centemed/

A Enxaqueca é um mal acomete milhões de pessoas. Sofre de Enxaqueca? Opte por qualidade de vida, agende sua consulta no Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca, através do site: www.cente.net.br ou pelo Whatsapp: 12.99639.6954

Fonte:“Cefaléias Primárias: Aspectos Clínicos e Terapêuticos." Fernando Ortiz; Edgard Raffaelli Jr e col. ( 2ª Edição). São Paulo: Editora Zeppelini, 2002.

quinta-feira, 11 de abril de 2024

QUEM SOMOS



O Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca, é uma clínica médica que aborda e trata há décadas de uma das formas mais frequentes de dor, que é a Enxaqueca. Agende sua consulta e conheça os novos tratamentos com anticorpos monoclonais anti-CGRP.
Enxaqueca tem Tratamento.
Viva sem Dor.
Agendamento: 12 99639.6954 
Site: www.cente.net.br

quinta-feira, 7 de março de 2024

NOVO MEDICAMENTO NURTEC ODT (rimegepant) PARA TRATAMENTO AGUDO DE ENXAQUECA

NOVO MEDICAMENTO NURTEC ODT (rimegepant) PARA TRATAMENTO AGUDO DE ENXAQUECA



Nurtec ODT (rimegepant) é um medicamento utilizado para o tratamento agudo da enxaqueca, com ou sem aura em adultos.

É o primeiro e único comprimido de dissolução rápida para enxaqueca que pode proporcionar um alívio rápido da dor.

Para que serve o Nurtec ODT (rimegepant)?

Nurtec ODT (rimegepant) é um antagonista do receptor do peptídeo relacionado com o género da calcitonina (CGRP) indicado para o tratamento agudo de adultos com enxaqueca episódica ou crônica, com e sem aura.

Está disponível em comprimidos de desintegração oral (ODT) contendo 75 mg rimegepant. Este é o primeiro e único antagonista do receptor CGRP que pode ser tomado oralmente para o tratamento agudo de ataques de enxaqueca.

Como é que Nurtec ODT (rimegepant) funciona?

Rimegepant é um anticorpo monoclonal, um tipo de proteína, que bloqueia a atividade do receptor do peptídeo relacionado com o género da calcitonina (CGRP). O CGRP é uma molécula que está envolvida em crises de enxaqueca. Quando os seus níveis sobem, desencadeia uma inflamação intensa no cérebro, causando enxaquecas. Ao bloquear o receptor de CGRP, rimegepant pode aliviar a dor sentida durante os ataques.

Por se tratar de uma pastilha oralmente dissolúvel, Nurtec ODT (rimegepant) é absorvida rapidamente no sangue, e atingirá o seu efeito máximo em 1 hora.

Nurtec ODT (rimegepant) oferece uma alternativa aos triptanos, as terapias de enxaqueca mais frequentemente prescritas, particularmente para pacientes cujos sintomas não respondem aos triptanos.

Onde é que Nurtec ODT (rimegepant) foi aprovado?

Nurtec ODT (rimegepant) foi aprovado para o tratamento agudo da enxaqueca em adultos por:

• A Food and Drug Administration (FDA), EUA, em 27 de fevereiro de 2020.

Nurtec ODT (rimegepant) é o primeiro antagonista do receptor CGRP que pode ser tomado por via oral.

A dosagem padrão é:

• Um rimegepant comprimido de 75 mg tomado oralmente, uma vez de 24 em 24 horas.

É mais um importante medicamento para uso de uma população de pessoas que sofrem de Enxaqueca.

Conheça o Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca.
www.cente.net.br
Agendamento Whatsapp: 12.99639.6954

sexta-feira, 1 de março de 2024

ENXAQUECA TEM TRATAMENTO. VIVA SEM DOR!



A Enxaqueca é uma doença cerebral, recorrente e hereditária. Há quem descreva a Enxaqueca como um "sofrimento inútil".
É uma analogia apropriada. Afinal, toda dor, a princípio, existe por algum motivo.
Os circuitos cerebrais que disparam a dor funcionam como um alarme de incêndio que sinaliza que há algo errado. Alguns tipos de dores de cabeça servem para isso: uma forte dor na região frontal indica para uma causa, que é a infeção local, ou seja sinusite.
A Enxaqueca, porém, não decorre de nenhuma patologia propriamente dita.
Não há risco que justifique o alerta, trata-se de um alarme falso. Na verdade um sofrimento inútil. Tudo leva a crer que, na enxaqueca, o sistema de alarme do corpo entra em pane.
Portanto, é um alarme de incêndio com defeito e circuitos cerebrais de comunicação da dor desregulados.
Pessoas que não sofrem de Enxaqueca filtram de forma eficiente os estímulos que o cérebro recebe a todo momento, seja através dos olhos, ouvidos, nariz ou da pele.
O cérebro de sofredores de Enxaqueca não é dos melhores nessa função.
Os neurônios são mais excitáveis do que o padrão normal, qualquer estímulo pode gerar respostas exageradas. Isso explica, por exemplo, por que uma luz perfeitamente normal parece tão intensa durante uma crise de Enxaqueca.
Mas como, então, consertar o alarme de incêndio hiperativo? Há décadas procuram resposta, mas em vão.
Convém mencionar, que quase todos os enxaquecosos levam consigo além de analgésicos uma longa lista de gatilhos que podem desencadear uma crise de Enxaqueca. E esta lista é longa: queijos, vinhos, chocolate, embutidos, fermentados, feijão. O glutamato monossódico, presentes em temperos em pó. Fora do campo da dieta, anticoncepcionais hormonais, excesso de calor ou frio, cheiros fortes, jejum prolongado. Noites de sono muito curtas ou longas demais. Isto é um martírio! Mas, é o preço a pagar por uma rotina de vida sem a famigerada dor.
Mesmo com estas restrições, os gatilhos
continuam sendo tão diversos e onipresentes que as vezes fica muito difícil evitá-los. Vejamos, por exemplo, o estresse, um gatilho óbvio!
Tomemos o chocolate, por exemplo, um vilão entre os enxaquecosos. Vamos procurar entender, no pródromo, nas 48 horas antes da dor de cabeça surgir, um dos sintomas mais claros é a avidez por doces, mesmo entre pacientes que evitam chocolate porque acreditam que ele é a causa da Enxaqueca. Nessa situação, a crise já começou. Pois o desejo descontrolado por chocolate (doces) provavelmente é mais uma característica da crise de Enxaqueca.
E quem afirma isso é um dos maiores especialistas em enxaqueca no mundo, o Professor Peter Goadsby, do Instituto de Neurologia da University College London. Ele defende que reconhecer sintomas do pródromo é mais importante do que evitar os gatilhos. Esse modo de agir, reduz as chances de o indivíduo ser pego de surpresa pelas crises que, sem dúvida, virão.
A lógica dos gatilhos é sedutora: traz explicações simples e uma sensação de controle.
Mas ela não é inofensiva. A tentativa dos pacientes de autoadministrar os gatilhos acaba atrasando a busca por um tratamento eficiente.
Se a enxaqueca fosse somente administrar os gatilhos, o problema não seria tão grande. A questão é mais complexa e exige uma pronta resposta com tratamento adequado.
Quanto mais você deixar o cérebro aprender a fazer enxaqueca, melhor ele fará.
A estimativa é que um paciente vai atribuir sua dor a, no mínimo, quatro gatilhos diferentes. E só quando eles falham (ou seja, a pessoa corta o chocolate, o vinho, a pílula, o queijo, e continua tendo crises) é que ela procura o médico para tratar a causa. Neste intervalo, o cérebro cursa seu mestrado em enxaqueca crônica.
Mas, felizmente a ciência apresenta caminhos, alguns deles muito recentes, que atacam o problema na raiz, e libertam o paciente de uma vida excessivamente regrada. Neste caso os gatilhos não fazem mais diferença.
O paciente ao chegar a uma consulta com médico neurologista, irá descobrir que existem, sim, tratamentos preventivos, que impedem as crises de aparecer.
Mas, também irá descobrir que nenhum destes medicamentos foi criado especificamente para Enxaqueca.
São medicamentos que servem, originalmente, para outras patologias, como hipertensão, epilepsia e depressão.
O grande inconveniente destas medicações são os efeitos colaterais, e os tratamentos são de longo prazo. E quando são administrados precisam de acompanhamento médico a cada 30 dias.
Não é surpresa, portanto, que oito em cada dez pacientes que começam o tratamento preventivo abandonam o processo no curso de um ano.
Não são só os pacientes que se incomodam com a ideia de que sua Enxaqueca não tenha um tratamento criado especificamente para ela. Partindo dessa premissa, o neurologista australiano Peter Goadsby e seu colega sueco Lars Edvinsson, estudaram uma molécula chamada CGRP, ou seja o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina.
No cérebro, ela atua como neurotransmissor, comprimindo e expandindo vasos sanguíneos. Eles demonstraram que a CGRP, este neurotransmissor, produzido principalmente pelo nervo trigêmeo, sensibiliza o cérebro, determinando as crises de Enxaqueca. A partir desta pesquisa, os cientistas tinham um alvo claro contra o qual agir. Então, surgiu a ideia de criar anticorpos para diminuir o excesso de CGRP no corpo.
Costumamos descrever anticorpos como 'soldados de defesa' do organismo, mas uma das principais atribuições deles é funcionar como um sistema de reconhecimento. É com essa habilidade que o nosso sistema imunológico sabe diferenciar uma célula aliada de uma bactéria perigosa. Agindo assim, os cientistas decidiram adaptar essa mesma lógica em laboratório. Criaram anticorpos sintéticos, 'treinados' especificamente para reconhecer moléculas de CGRP.
Além disso, anticorpos são moléculas grandes, ficam em circulação por longos períodos de tempo, porque o corpo demora para eliminá-las. Isso requer doses menos frequentes do medicamento, levando a resultados melhores.
E assim foram criados 4 anticorpos específicos para Enxaqueca e já aprovados nos EUA. São eles: Erenumabe, Galcanezumabe, Eptinezumabe e Fremanezumabe. Nos testes clínicos realizados estas drogas se mostraram eficazes, tendo debelado o quadro clínico das pessoas, em mais de 50% dos casos. E em cerca de 15% dos pacientes, as crises desapareceram completamente desde a primeira dose dos medicamentos.
Portanto, pela primeira vez na história da Enxaqueca, os cientistas também têm a ganhar, hoje eles conhecem cada detalhe de como o tratamento funciona. O objetivo, é usar esse conhecimento como base para futuros medicamentos, efetivamente capazes de curar os pacientes.
Este é, portanto, um momento inédito para os enxaquecosos, existem medicamentos eficazes, pensados especificamente para esta patologia, que só precisam ser administrados uma vez ao mês, com resultado rápido e sem efeitos colaterais. As quatro substâncias: Erenumabe, Galcanezumabe, Eptinezumabe e Fremanezumabe, já foram aprovadas pelo FDA, agência reguladora de saúde nos EUA.
E duas delas, o Erenumabe e o Galcanezumabe já estão disponíveis para comercialização no Brasil desde o primeiro semestre de 2020. Estes medicamentos são injetáveis, a aplicação é via subcutânea, sendo feita uma vez ao mês.
A nova era na ciência da Enxaqueca traz consigo um poder que só quem sofre deste mal é capaz de entender. Menos crises representam, sim, menos dor, mas também menos tempo perdido no pronto-socorro. Mais dias produtivos no trabalho. Menos dias desperdiçados no escuro. Mais dias brilhantes de sol. Menos compromissos cancelados. E o mais importante, mais saúde com mais qualidade de vida!
Enfim, Enxaqueca tem tratamento. Viva sem Dor! Agende sua consulta no Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca (CENTE), através do site: www.cente.net.br ou pelo Whatsapp: 12.99639.6954
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sábado, 24 de fevereiro de 2024

LANÇADO NOVO MEDICAMENTO PARA ENXAQUECA

No Brasil é lançado Zeforus (bromidrato de eletriptana), indicado para tratamento de enxaqueca aguda com ou sem aura. O medicamento já é amplamente recomendado nas diretrizes internacionais, e é a primeiro eletriptana lançada no Brasil para tratar pacientes com enxaqueca. 

A enxaqueca é frequentemente confundida com dor de cabeça. No entanto, na enxaqueca, a dor é persistente e pode ser acompanhada de outros sintomas, como náuseas, sensibilidade à luz e aos odores e a presença de auras, que são flashes de luz, lacunas no campo visual ou imagens brilhantes em ziguezague. Todos esses sintomas prejudicam a qualidade de vida do paciente.

O Zeforus contribui para diminuir o sofrimento das pessoas, considerando que estudos mostram que a eletriptana tem vários benefícios em relação a outros triptanos orais, como eficácia comprovada no alívio da dor durante o período menstrual, e retorno mais rápido às atividades cotidianas.

O estudo clínico realizado conclui que a eletriptana parece oferecer consistentemente a maior eficácia de tratamento entre os triptanos.
Conheça o Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca (www.cente.net.br).
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terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

ENXAQUECA COM AURA

ENXAQUECA COM AURA

Sintoma mais comum da Enxaqueca que afeta 15% da população é a dor de cabeça, mas ela pode se manifestar por meio de aura que são pontos luminosos ou piscantes, percepção de luz em ziguezague e visão embaçada.

Estima-se que uma em cada sete pessoas do mundo sofra de enxaqueca. No Brasil, a doença, considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a sexta mais incapacitante do mundo, afeta cerca de 15% da população, mais ou menos 31 milhões de indivíduos, com incidência maior entre as mulheres (25%).

Apesar de muita gente não saber, está patologia pode ter sintomas que vão além de dor de cabeça. São os distúrbios visuais, que se manifestam através de pontos luminosos ou piscantes e que ficam parados ou se movem, percepção de luz em ziguezague e visão embaçada.

Eles fazem parte de um tipo menos comum da patologia, a enxaqueca com aura. Vale destacar que existem ainda outras formas de auras, as sensoriais e motoras - elas causam, por exemplo, formigamento ou dormência em uma ou mais partes do corpo, dificuldade em falar e ouvir e confusão mental.

A maioria das pessoas têm a enxaqueca clássica, apenas de 15% a 20% apresentam a com aura, e a visual atinge 90% delas.

É o caso da bancária M.A.S, de 31 anos. "Acho que tenho enxaqueca desde que nasci. Minha mãe também tem, e nas primeiras vezes em que falei para ela que estava com dor cabeça e 'vendo coisas brilhando', quando ainda era bem pequena, ela achou que eu a estava imitando, mas infelizmente era verdade. Sofro com essa doença a vida toda."

Moradora de Pindamonhangaba (SP) e mãe de dois meninos, um de 10 anos e outro de três, ela conta que a manifestação da sua aura se dá por meio de vista embaçada e, na sequência, pequenos pontos brilhantes, que vão crescendo até tomar conta de metade do olho.

"Na infância isso acontecia duas ou três vezes por mês, e os professores até me liberavam da aula, pois sabiam que eu ficava bem mal. Na adolescência e no início da fase adulta passou para duas vezes por semana", relata.

Na busca por se livrar do problema ou ao menos diminuir o número de crises, M.A.S procurou diversos médicos e fez uma série de tratamentos, mas sem muito sucesso.

"Tomei tudo quanto é tipo de analgésicos... Eles adiantavam por algum tempo, mas depois voltava tudo, e nem adiantava aumentar a dosagem. Só fiquei livre da enxaqueca durante as minhas duas gravidezes, acho que por causa dos hormônios", diz.

Após o nascimento do segundo filho, sua situação piorou, já que as dores de cabeça se tornaram diárias, e as idas ao hospital mais frequentes. "Eu já acordava mal, e passava o dia à base de medicamentos para poder trabalhar. Nessa época também comecei a sentir tontura e suava frio. Cheguei num ponto em que não aguentava mais, estava desesperada", recorda.

Após muitas pesquisas na Internet a bancária conheceu o Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca (www.cente.net.br) na cidade de Taubaté. "Comecei a seguir e tomar os medicamentos que foram prescritos. Mudei, por exemplo, meus hábitos alimentares. Parei de tomar café e cortei o açúcar, entre outras coisas. Com isso, a intensidade da dor diminui e as crises caíram para oito por mês, mais ou menos, e só uma é com aura. Ainda não tenho a vida que desejo, mas estou no caminho certo. Agora tenho esperança", completa.

Quem também sofre com esse problema é a escriturária R.M.G de 45 anos. "Minha primeira crise já foi com aura, por volta dos 20 anos, e desde então é sempre igual. Vejo um pequeno raio, e ele se expande até eu não enxergar mais nada. Depois de alguns minutos é que vem a dor de cabeça, e bem forte."

Apesar de ter perdido as contas de quantos médicos procurou e de quantos tratamentos já tentou, ela diz que até hoje não sabe o que causa a enxaqueca e também nunca foi informada sobre a aura. "Descobri o que era assistindo televisão."

Nestes 25 anos convivendo com a doença, R.N.G. teve épocas de melhora e piora. Atualmente em tratamento no Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca, diz que os episódios diminuíram bastante. "Fico seis meses sem nada, mas se descuido volta e tenho duas ou três crises no mesmo mês. O que não posso é ficar sem acompanhamento médico e sem medicamentos. Levo para todo lugar que vou, porque nunca sei o que vai acontecer."

Enxaqueca com aura

Também chamada de oftalmológica ou ocular, a enxaqueca com aura não tem nada a ver com a visão. Na verdade, assim como a clássica, ela está totalmente relacionada com o cérebro.

É comum os pacientes com enxaqueca procurarem primeiro um oftalmologista por conta dos sinais visuais gerados pela enfermidade.

Até existem algumas doenças com sintomas parecidos, como descolamento de retina, então temos de descartar todas as possibilidades antes de encaminhar o paciente para o neurologista.

Mas o que é exatamente a enxaqueca com aura? A enxaqueca em si é uma doença crônica, cuja principal características é dor de cabeça forte, normalmente pulsátil. Suas causas ainda não são totalmente conhecidas, mas sabe-se que ocorre um desequilíbrio bioquímico no cérebro, associado a predisposição genética e fatores ambientais e comportamentais.

Já a aura é um fenômeno neurológico que ocorre antes - é o mais comum, daí ser conhecida como "premonição" -, durante ou até depois do aparecimento da dor.

O que acontece, neste caso, é uma alteração elétrica no cérebro, correlacionada com a depressão alastrante (onda de intensa atividade nervosa celular que se espalha pela camada externa do cérebro, o córtex). E ninguém sabe ainda porque algumas pessoas têm e outras não.

Os distúrbios da visão, pode causar ponto cego (escotoma), perda temporária da capacidade de enxergar e falta de foco. E isso pode ocorrer em um ou nos dois olhos, muitas vezes até com eles fechados.

Prevenção e tratamento

Para evitar a enxaqueca com aura as recomendações são as mesmas da enxaqueca clássica: descobrir os fatores desencadeantes, dormir bem - nem de mais e nem de menos -, evitar o estresse, ter uma alimentação saudável e equilibrada, não ficar muitas horas em jejum, praticar atividade física regularmente e se manter hidratado e tomar regularmente medicamentos preventivos.

É preciso salientar que diversos estudos mostram que este tipo de enxaqueca é um fator de risco para o acidente cerebral vascular (AVC). Por isso, é imprescindível que seus portadores parem de fumar e, as mulheres, suspendam o uso de anticoncepcionais hormonais combinados, que contenham estrógeno e progestágeno - eles reduzem as proteínas no sangue que protegem do derrame.

No mais, é fundamental buscar a ajuda de um especialista, a fim de que ele determine o melhor tratamento para o problema e indique os medicamentos necessários.

Conheça o Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca (CENTE): www.cente.net.br
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